terça-feira, 30 de outubro de 2007

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

JUSTES


O povoamento de Justes é antiquíssimo, face aos vestígios arqueológicos encontrados no seu termo, alguns dos quais nos remetem para a Pré-História.

HISTÓRIA
No dizer do Padre João Costa “estes instrumentos líticos, na eloquência da sua linguagem muda, dizem-nos que há cerca de 4000 anos esta região era habitada por homens que trabalhavam primorosamente a pedra da qual faziam os seus artefactos”.
O topónimo «Justis» existe como «genitivo» suévico, facto que determina a existência do povoado,com este nome e como paróquia, no século VI.
Há notícias de Justes, na Idade Média, com a Carta de Povoamento (kartam de forum), datada de 1 de Agosto de 1222, reinava, então, D. Afonso II, outorgada, em Constantim, por D. Mendo, abade do Mosteiro de Pombeiro, e que foi concedida aos povoadores (vobis pobratoribus) e aos sucessores que a povoassem (Damus vobis et socessores vestros ipsam hereditatem ut populetis illam).
O documento incluiu “um conjunto de disposições de natureza jurídica destinadas a regular as relações dos membros de cada comunidade entre si e com o concelho em que permanece integrada” (José Marques). Ou seja, “aí se dispõem normas relativas aos direitos e obrigações dos moradores, as penas a infligir aos infractores da ordem pública em matérias tão graves como homicídio, furto ou violação e furto” (idem), além do pagamento dos impostos (1 quarteiro de pão cozido centeio, 1 quarteiro de cevada, 1 carneiro e 8 galinhas).
Os pagamentos aconteceriam nas datas tradicionais do Natal, Nossa Senhora da Assunção e pelo S. Miguel. A medida utilizada era a da feira de Constantim. Nesta Carta de Povoamento referiam-se ainda certos privilégios e isenções de serviço militar e do pagamento de certos impostos, como a lutuosa. A isto se junta a cláusula que prevê a hipótese de um povoador de Justes, caso não faça justiça a um dos seus vizinhos, perder não só a qualidade de vizinho, mas também os próprios bens, que reverteriam para a comunidade vicinal.
Esta Carta de Povoamento foi redigida por Martim Eanes, mandatado por Martim Martins, tabelião de Guimarães. Estes novos povoadores de Justes foram Pedro Fernandes e esposa, Maria Boa, Pedro Sobrinho e esposa, Maria Eanes, João Pires e esposa, Chama Gosendes, João Eanes e Maria Vasques, João Pires e esposa, Gontinha Garcia Meia Coirela e Bento Pires Meia Coirela. Estes podiam admitir mais três povoadores. Ou seja, este núcleo populacional era constituído por 6 fogos, a que se poderiam juntar mais três. Todos estes, em função da carta que lhes foi concedida, foram, na nossa opinião, os refundadores, já que a existência de vestígios arqueológicos confirmados indica que o local teve ocupação humana em períodos anteriores à fundação da nacionalidade e foi paróquia no século VI.

MONUMENTOS
Igreja Matriz
A igreja matriz (velha) é de invocação a Santa Maria Madalena .
A sua existência, como ermida, é referida no século XVIII, na Rellação de Vila Real. Em Memórias de Vila Real é descrita como capela “de bastante grandeza, e de reformada de novo, na qual está o Santíssimo Sacramento com a decência devida, donde se administra aos enfermos”.
Está referenciada no IPA com o nº 1714110019, dec. Nº 8/83, DR 19 de 24 de Janeiro de 1983.A fachada principal está voltada para a Rua das Fontes, no centro da povoação e rodeada por edifícios de habitação.
A planta é longitudinal, telhado de duas águas, de dois corpos delimitados: nave única e capela-mor mais alta. Exteriormente tem adossada uma torre sineira, rara nos templos da época, alinhada à fachada principal, com acesso por escadaria de granito à torre e ao coro-alto, com pilastras nos cunhais encimados por fogaréus, terminando em coruchéu piramidal, com cata-vento. Deste mesmo lado existe a sacristia rectangular. Os alçados são rebocados a branco.
FIGURAS ILUSTRES
Otílio Pallheiros de Carvalho Figueiredo – Nasceu em Justes, em Março de 1937, filho de Otílio de Figueiredo e de Maria Estela Palheiros Fontes. Fez aqui o ensino primário e o ensino secundário no Liceu Nacional de Camilo Castelo Branco, em Vila Real. Licenciou-se em Coimbra. Foi Assistente de Cirurgia na Faculdade de Medicina da universidade coimbrã, durante 7 anos. Exerceu o seu mester durante dois anos em Bragança, regressando, então, a Vila Real. Aqui foi médico-cirurgião de 1977 a 2003, aposentando-se neste último ano. De 1984 a 1990 foi Director de Serviços de Cirurgia, tendo sido, também, Presidente do Concelho de Administração. Em 2004, foi agraciado, pela Câmara Municipal de Vila Real, com a Medalha de Ouro de Mérito Municipal, por ocasião do 79º aniversário da elevação de Vila Real a cidade. Vive actualmente em Vila Real(...)
HISTÓRIAS E LENDAS
As Alminhas do Caminho Largo.
Certo dia, no fim da cava e após escurecer, tocavam as trindades, um homem ao regressar a casa depara, no caminho, um cordeiro. Pegando nele, carregou-o aos ombros e seguiu o seu caminho. Contudo, o cordeiro a cada passo que o homem dava, ia pesando sempre mais, até que o homem, cansado, se encosta à parede para aliviar as costas. Quando ia a pousar o cordeiro em cima do muro ouviu uma voz que lhe disse: “Põe-me devagar que me quebra a meija”. Aflito, o homem pede às alminhas que o socorram e o cordeiro, como por encanto, desapareceu. Em agradecimento, construiu as alminhas (segundo relato da drª Armanda Felícia)(...)

Vila Real, cidade capital



Perseguições Políticas

Perseguições Políticas
Por Manuel de Sousa Vilela (O Manel Cagalhoças)
Em 1933 houve em Sanfins do Douro a inauguração da luz eléctrica e havia uns políticos muito mal amanhados que só lhes dava para fazer mal.
Então, quando da inauguração da luz eléctrica, quem estava à frente da chefia do concelho de Alijó, era o tenente Dias, um fanático, também.
Representava-se no Teatro a peça Rainha Santa Isabel e depois foram para lá os políticos botarem aquela bazófia da luz, e disto e daquilo, e, a malta como não estava para gramar com aquilo, começou a bater com os pés no chão dizendo: fora, fora - não viemos para aqui para ouvir política mas sim para ver o Teatro.
No meio da confusão houveram denunciantes que tomaram conta do nome dessas pessoas que protestaram e veio logo ordem de prisão política para eles.
Fugiram e andaram mais de um mês espalhados e escondidos pelas quintas e várias terras.
Foi então que o Eng.º Armindo Forte da Sanradela (familiar dos de Sanfins), subiu a Secretário do Ministro do Interior, Dr. Armindo Gonçalves Monteiro e intercedeu junto deste, fazendo-lhe ver que os que andavam fugidos e perseguidos não eram aquilo que foi pintado pela política desses Rabotos, e então, ao fim de 2 meses veio uma amnistia que os safou. Os Fugidos eram talvez 24 ou 25, pessoas boas que nunca fizeram mal a ninguém:O António de Agrelos, O Armindo Rosas, O Júlio Forte, o Manuel Fernandes (Pelicras), O Zé Luís Teixeira, o António Azevedo (que era o mais novato) e muitos outros que não me lembra agora o nome.
Então há uma Festa (Romaria) de Nossa Senhora da Piedade em que o Ministro foi convidado e outros homens do Governo daquele tempo, a vir a Sanfins e veio.
Foi galharda e nobremente recebido pela população (vasos de flores em todas as varandas e janelas, bandas de música, etc.), valendo mais aquela homenagem que tudo o resto só pela alegria de termos na nossa terra o Ministro e aqueles desgraçados que andaram tanto tempo fugidos por causa dos Rabotos.

VILA REAL




Lenda dos Cavaleiros das Esporas Douradas



BARBEARIAS














Borda d'água

O almanaque que continua a orientar os agricultores

Feira dos Santos - Chaves

A tradicional Feira dos Santos realiza-se este ano de 30 de Outubro a 1 de Novembro, em Chaves. Tal como em anos anteriores, também este ano são esperados mais de 100 mil visitantes num dos maiores eventos da região.
Para a Câmara Municipal e ACISAT, o grande desafio passa por conciliar tradição e modernidade, isto é, manter o cariz histórico da Feiras dos Santos - da qual existem registos há mais de 140 anos e cuja origem se perde no tempo - mas também conceder-lhe modernidade.


Para o autarca flaviense, é importante manter vivas as recordações, reforçá-las e, simultaneamente, modernizar a Feira.


O Presidente da autarquia lembrou que, a partir da próxima Primavera, existirá um espaço próprio (o Parque Multiusos) para acolher os divertimentos.


Entretanto, caberá aos flavienses decidir se as barracas se devem manter espalhadas pelas ruas da cidade ou passar para o referido espaço.


Saliente-se que este ano as diversões tiveram que ficar instaladas num espaço privado, uma vez que a envolvente do Forte de S. Neutel foi recentemente sujeita a obras de requalificação.Não obstante, a organização da Feira garante muito sucesso nesta edição, quer a julgar pelo número de pessoas que o evento congrega, que pelas diversas actividades que fazem parte do evento, entre elas a tradicional Feira do Gado, que inclui o 5º Concurso Nacional Pecuário; o Festival Gastronómico do Polvo; arruadas de Gaiteiros e Bombos Tradicionais; actuações de Ranchos Folclóricos; a Festa da Música Portuguesa (com actuações de vários cantores portugueses), entre muitas outras.




Dia 30 - terça 15h00 Sessão de Abertura (Centro Cultural de Chaves)15h30Arruada De Bombos Tradicionais (artérias da Cidade) 21h30 Conjunto 7 Mares (Largo General Silveira)


Dia 31 - quarta 08h30 Feira do Gado (Forte de S. Neutel)10h00 5º Concurso Nacional Pecuário (Forte de S. Neutel)10h30 Concertinas da Venda Nova (artérias da Cidade)12h00 Festival Gastronómico do Polvo (Estádio Municipal de Chaves)15h00 Concertinas da Venda Nova (artérias da Cidade)16h00 Ranchos Folclóricos (Largo General Silveira)21h30 Festa da Música Portuguesa


Dia 01 - quinta10h30 Arruada de Gaiteiros (artérias da Cidade) 15h00 Arruada de Gaiteiros (artérias da Cidade) 16h00 Ranchos Folclóricos (Largo General Silveira)21h30 Conjunto António Mafra (Largo General Silveira) e Fogo De Artifício (Largo General Silveira)

Fonte: www.noticiasdevilareal.com




Feira antiga

CHAVES


Chaves, "cidade de encantos", como lhe chamam, é notóriamente conhecida pelos seus lindos jardins, de que são exemplo o Jardim Público e o Jardim do Castelo.Iniciamos a rota gastronómica por o que proporciona uma boa refeição nesta cidade: o presunto acompanhado com pão de centeio e um copo de vinho da região.Delicie-se com os enchidos: as alheiras, o salpicão, as linguiças e as chouriças, tudo confecionado com carne de porco que deve ser criada em casa para se obterem produtos genuínos.

Destacam-se os muito apreciados folar de chaves, que tem como ingredientes fundamentais o presunto e os enchidos secos e os pastéis de chaves que são uma espécie de folhados com carne picada no interior.

Quanto aos pratos de cozinha regional, os mais típicos são os de peixes do rio, como as trutas recheadas com presunto.Mas o que dizer do cabrito estufado, a feijoada, o cozido à transmontana e os milhos que lhe prendem o paladar!

Para os mais gulosos, as rabanadas complementam uma boa refeição.Se gosta de se divertir nas festas e romarias, tem uma grande diversidade de escolha: o dia do Município - Festas da Cidade de Chaves - celebra-se no dia 8 de Julho. A feira dos Santos em Chaves tem lugar de 30 a 31 de Outubro, a de S. Bernardino a 20 de Maio, a da S. da Saúde no dia 31 de Maio, a de S. Caetano no segundo domingo de Agosto, a da Assunção a 15 de Agosto, a das Almas no primeiro domingo de Setembro, a Azinheira a 8 de Setembro, a da Nossa Senhora da Aparecida no segundo Domingo de Setembro e a Feira Anual - S. Simão - que tem lugar em Vidago é celebrada a 28 de Outubro.Se é amante da tradição arquitectónica, tem muito para visitar!A arquitectura é rica! As origens do povoamento desta região remontam a épocas que antecedem a própria história.

Da época Paleolítica encontramos um instrumento de pedra na encosta da serra do Brunheiro.Os numerosos Castros situados no alto dos montes são da época Neolítica, do Calcolítico e das civilizações proto-históricas.

Os Romanos deixaram as suas marcas na que é hoje a cidade: no Castelo de Chaves (igreja de S. João de Deus) existe uma ponte Romana.

Os Romanos construíram a primeira muralha que envolveu a população, construíram a ponte de Trajano e tiraram proveito das águas quentes minero-medicinais.

Da época Romana, a Igreja Matriz é um bom exemplo.Todos os vestígios arqueológicos poderão ser visualizados no Museu da região Flaviense.Outros fortes e monumentos a visitar, são: o forte de S. Francisco, forte de S. Neutel, Castelo de Monforte, castelo de Santo Estevão, Igreja da Mesiricórdia, Igreja de S. João, Capela de Santa Catarina, Capela de Nossa Senhora do Loreto, Capela de Nossa Senhora da Lapa, Capela de Nossa Senhora do Pópulo, Capela do Senhor do Calvário, Capela de Nossa Senhora das Brotas, Capela de S. Roque, Capela do Senhor Do Bom Caminho, Capela da Granginha, Capela de S. João Baptista da Castanheira, Igreja de S~. Julião de Montenegro e Igreja Nossa Senhora da Azinheira.Se pretende uns dias sossegados e de verdadeiro descanso, não deixe de aproveitar as termas - Caldas de Chaves - de longa tradição e história.


sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Hoje, Final de Caterham

http://picasaweb.google.com/hexaaq/CorridasDeVilaReal2007

Planta do circuito


Horário de provas


HORÁRIO

SEXTA-FEIRA – 05 / 10 / 07
09:30 TROFÉU CATERHAM ACADEMY TREINOS LIVRES
10:00 CHALLENGE DESAFIO ÚNICO TREINOS LIVRES
10:50 TROFÉU CATERHAM ACADEMY TREINOS CRONOMETRADOS
11.25 CAMP.NAC.DE VELOCIDADE–CNV / PTCC TESTES DE ADAPTAÇÃO
12:00 VINTAGE E PÓS VINTAGE (1920 / 1952) TREINOS CRONOMETRADOS
13:00 CHALLENGE DESAFIO ÚNICO TREINOS CRONOMETRADOS
13:50 TROFÉU CATERHAM ACADEMY 1ª Meia Final – 8 Voltas
14:30 TROFÉU CATERHAM ACADEMY 2ª Meia Final – 8 Voltas
15:15 VINTAGE E PÓS VINTAGE (1920 / 1952) Corrida – 8 voltas
16:00 CHALLENGE DESAFIO ÚNICO Corrida - 50 Minutos
17:15 TROFÉU CATERHAM ACADEMY Final – 12 Voltas
SÁBADO – 06 / 10 / 07
10:00 CAMPEONATO OPEN VELOCIDADE 2007 TREINOS LIVRES
10:50 CAMP. NAC. DE VELOCIDADE – CNV / PTCC 1ª SESSÃO TREINOS LIVRES
11:30 CAMP.NAC.CLÁSSICOS VELOCIDADE-1300 TREINOS LIVRES
12:05 CAMP. e TROF.NAC.CLÁSSICOS VELOCIDADE TREINOS LIVRES
12:45 CAMP. NAC. DE VELOCIDADE – CNV / PTCC 2ª SESSÃO TREINOS LIVRES
13:25 CAMPEONATO OPEN VELOCIDADE 2007 TREINOS CRONOMETRADOS
14:10 CAMP.NAC.CLÁSSICOS VELOCIDADE-1300 TREINOS CRONOMETRADOS
14:45 CAMP. e TROF.NAC.CLÁSSICOS VELOCIDADE TREINOS CRONOMETRADOS
15:25 CAMP.NAC. DE VELOC.-CNV / PTCC-Cat. 2 e 4 TREINOS CRONOMETRADOS
15:50 CAMP.NAC. DE VELOC.-CNV / PTCC-Cat. 1 e 3 TREINOS CRONOMETRADOS
16:40 CAMPEONATO OPEN VELOCIDADE 2007 Corrida - 50 Minutos
DOMINGO - 07 / 10 / 07
8:45 VIATURAS EX-TROFÉU DATSUN TREINOS CRONOMETRADOS
9:25 “TRIBUTO A MANUEL FERNANDES” (1980/1991) TREINOS CRONOMETRADOS
10:20 CAMP. NAC. DE CLÁSSICOS VELOCIDADE – 1300 Corrida 1 – 20 Minutos
10:45 DESFILE EUROCLASSIC Desfile
11:10 CAMP. e TROF. NAC. DE CLÁSSICOS VELOCIDADE Corrida 1 – 25 Minutos
12:05 CAMP. NAC. DE VELOCIDADE – CNV / PTCC Corrida 1 – 11 Voltas
13:00 DESFILE IBEROCLASSICOS Desfile
14:00 CAMP. NAC. DE CLÁSSICOS VELOCIDADE – 1300 Corrida 2 – 20 Minutos
14:50 CAMP. NAC. DE VELOCIDADE – CNV / PTCC Corrida 2 – 11 Voltas
15:55 CAMP. e TROF. NAC. DE CLÁSSICOS VELOCIDADE Corrida 2 – 25 Minutos
16:40 VIATURAS EX-TROFÉU DATSUN Corrida – 20 Minutos
17:20 “TRIBUTO A MANUEL FERNANDES” (1980/1991) Corrida – 10 Voltas

Actividades - vila real corridas


Datas
Actividade
Local
28/9 a 7/10
Exposição: Aureliano Barrigas (Fundador do Circuito)
Museu de Vila Real
4/10 a 6/10
Feira de Stocks - Horário: 18,00 às 24 horas
Praça doMunicípio
4/10 a 7/10
Exposição: O Automóvel em Vila Real
Arquivo Municipal
5/10 a 7/10
Exibição: Circuito – Imagens em Movimento
Teatro de Vila Real
5/10 – 12h15
Exibição: Veículos de consumo reduzido.
Alameda de Grasse
5/10 – 12h30
Almoço Convidados
Pavilhão Nervir
5/10 – 15h30
Desfile: Automóveis Clássicos
Circuito
5/10 – 18h00
Animação de Rua: Mala Magica
Centro Histórico
5/10 – 22h00
Animação de Rua: Mala Magica
Pioledo
5/10 – 23h00
Espectáculo Musical: Habana Tropical
Exterior da Biblioteca
5/10 – 24h00
Eleição “Miss Pit Line”
Discoteca Andromeda
6/10 – 12h30
Almoço Convidados
Pavilhão Nervir
6/10 – 18h00
Animação de Rua: Laghareu - Galiza
Centro Histórico
6/10 – 22h00
Animação de Rua: Laghareu - Galiza
Pioledo
6/10 – 22h00
Espectáculo Musical: Diego Figueiredo Trio - Brasil
Teatro Munícipal
6/10 – 23h00
Espectáculo Musical: Mundo Cão / No Dj’s
Exterior da Biblioteca
7/10 – 10h45
Desfile: Euroclassic
Circuito
7/10 – 12h30
Almoço Convidados
Pavilhão Nervir
7/10 – 13h00
Desfile: Iberoclassicos
Circuito
7/10 – 18h00
Homenagem a Manuel Fernandes
Circuito – Podium
7/10 – 18h30
Sorteio do Automóvel – Volkswagen Fox
Sede do CAVR

Vila Real revival


História do circuito de Vila Real




CIRCUITO DE VILA REAL (In English)

Vila Real é sem qualquer dúvida, a Cidade Portuguesa com mais tradições no Desporto Automóvel Português, realizando corridas urbanas desde 1931 até 1991, com alguns interregnos, tendo atingido os seus pontos mais altos nas décadas de 60 e 70, com inúmeras corridas internacionais de grande prestígio, nas quais participaram alguns dos mais importantes pilotos estrangeiros, que vieram a obter os melhores lugares em diversos Campeonatos Mundiais.
As chamadas “Corridas de Vila Real”, constituíram durante muitos anos o mais importante cartaz turístico de Vila Real e de toda a Região Norte, sendo sem dúvida a marca distintiva desta Cidade no panorama Nacional e Internacional.
Este circuito nasceu em 1931, após alguns anos de preparação, pela vontade de um grupo de entusiastas locais liderados por Aureliano Barrigas, aproveitando as características de algumas estradas que ligavam o centro de Vila Real às imediações do famoso Palácio de Mateus, estabelecendo assim um primeiro circuito com 7.150 m, que com algumas ligeiríssimas alterações e algumas interrupções, nomeadamente durante a 2ª guerra mundial e na crise petrolífera de meados dos anos 70, manteve-se até 1991.
Se questionarmos muitos dos portugueses com mais de 30 anos, quais os factos que associam a Vila Real, por certo uma grande maioria dos mesmos falará espontaneamente das corridas e da sua importância, pois desde o seu inicio o entusiasmo de Vila Real não parou de aumentar, surgindo rapidamente diversas novidades como o facto de em 1934 ter existido pela primeira vez uma corrida de motos e em 1936, após um ano sem corridas, as mesmas terem sido internacionais, e em mais que um fim-de-semana, factos marcantes no desenvolvimento futuro das mesmas corridas, tendo a equipa oficial da Adler, com Paul von Guilleaume Rudolph Sauerwein, marcado esta importante estreia.
Até aos anos 50, as corridas ficam marcados pelas grandes lutas entre os principais pilotos nacionais, como Vasco Sameiro e Casimiro de Oliveira, irmão do cineasta Manuel de Oliveira, também ele participante no circuito de Vila Real nos anos de 37 e 38, com os principais pilotos estrangeiros, tais como Felice Bonetto, que antes tinha vencido no Circuito do Porto, para em Vila Real, ser batido no ano de 1950 pelo também italiano Piero Carini, que assim se tornou no primeiro estrangeiro a vencer em Vila Real.
Com a chegada dos pilotos que estavam a disputar os títulos de campeão do mundo de Formula 1, como Stirling Moss e Jean Behra, estes estabeleceram um patamar de tal maneira elevado, que nunca mais nenhum piloto português conseguiu voltar a ganhar a mais importante corrida de cada um dos eventos internacionais disputados, com uma única excepção para o ano de 1973, quando numa corrida memorável Carlos Gaspar, conseguiu voltar a elevar as corres nacionais ao lugar mais alto do “podium” na ultima corrida internacional para automóveis disputada em Vila Real.
O ano de 1958, ficou marcado por um facto pouco comum nas corridas nacionais da época, ou seja a participação de uma Senhora nas corridas e logo ao volante de um carro competitivo da famosa “Scuderia Centro Sud”, que marcou Vila Real, com a estreia feminina de Maria Teresa de Filippis, que viria a ser a primeira também a competir na formula 1, tendo também ela contribuído para mais uma enchente de espectadores no Circuito de Vila Real, calculados em mais de 50.000 pessoas.
O reinicio das corridas em 1966, marca a chegada dos carros de Formula 3 e dos Sport-Protótipos que haveriam de marcar a idade de ouro deste circuito, alternando entre si as corridas rainhas de cada ano, e trazendo a este circuito para algumas corridas verdadeiramente épicas, pilotos como o Sul-africano Mike de Udy e o seu Lola T70, David Piper, primeiro com um fabuloso Ferrari 330 P3/4 e depois com o seu Porsche 908 e por ultimo como director de equipa trazendo o seu impressionante Porsche 917 para o português Nicha Cabral, competir com o Príncipe Jorge de Bagration, no mesmo circuito que já tinha visto correr John Miles, o ainda jovem promissor e posterior fenómeno de popularidade, o Sueco Ronni Peterson, mas também nomes como o inglês Chris Craft, Alain De Cadenet, Vic Elford, Peter Gethin, José Maria Juncadella e muitos outros pilotos, vindos dos diferentes cantos da Europa, atraídos por um circuito magnético, num ambiente único, o qual era descrito por Mike de Udy, como “ … uma linda cidade entre colinas do Marão, de ambiente encantador, com corridas organizadas por gente simpática e sorridente, como nunca encontrei noutro sitio. È uma bela pista para grandes celebrações.”, pista esta descrita apaixonadamente por John Miles que dizia que “… Vila Real é de longe o melhor circuito em que corri até hoje.” e “… para quem corre em Vila real, nenhum outro circuito conta.”
No que restou das décadas de 70, 80 e princípios dos anos 90, as corridas de automóveis em Vila Real, que se aproximaram da sua quadragésima edição, foram apenas nacionais, com uma ou outra participação esporádica de pilotos estrangeiros, tendo então assumido principal protagonismo, as corridas de motos, que renasceram em força tendo chegado a integrar diversos campeonatos europeus e mundiais de diferentes categorias, acolhendo então os maiores nomes desta modalidade, como os Campeões do Mundo, Angel Nieto, Carl Fogarty e Joey Dunlop.

Esta é uma terra verdadeiramente apaixonada pelas suas corridas e que esperou pacientemente os últimos 16 anos, para poder retomar as mesmas com todo o seu brilho e esplendor, esperando voltar a ouvir o barulho dos motores de competição já nos próximos dias 5 a 7 de Outubro de 2007, para se preparar para um verão quente em 2008, com o regresso das corridas ao seu tradicional mês de Julho e a presença de todos os seus “amigos” pilotos, vindos de todos os cantos da Europa, para finalmente poder voltar aos seus dias de gloria internacional, recebendo todos como só os Vilarealenses sabem fazer, honrando a sua historia e a memória de todos quantos durante os últimos 78 anos tiveram o privilegio de correr no circuito urbano de Vila Real.


Regresso das corridas de Vila Real